Vamos Falar de Saúde – Hipertensão arterial: o inimigo silencioso do coração!
6 de May de 2024Vamos Falar de Saúde: Apneia do sono e o risco cardiovascular
6 de May de 2024A ansiedade é um sentimento benéfico e nos ajuda a sobreviver. É ela que nos faz fugir em situação de perigo, trabalhar para pagar uma conta e até mesmo estudar para passar num concurso. Entretanto, sentir-se ansioso o tempo todo, apreensivo, tenso, incapaz de relaxar não é algo natural. Pensar o tempo todo no que estar por vir, com medo e preocupações constantes e excessivas sobre o que irá acontecer, pode se tornar algo patológico com limitações no cotidiano, sem contar a sobrecarga no sistema cacrdiovascular.
Os pacientes expostos a estresse crônico possuem uma maior ativação do sistema simpático o que acarreta um aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial, levando a exacerbação da arteriosclerose, disfunção endotelial e apoptose celular.
Além disso, com o aumento da FC de repouso, há redução da variabilidade da frequência cardíaca, que é um fator preditor de morte súbita por reduzir o limiar para fibrilação ventricular, uma arritmia altamente letal.
Os pacientes cardiopatas mesmo estabilizados que apresentem transtorno da ansiedade generalizada tem maior risco de eventos agudos e também maior dificuldade em aderir ao tratamento e pior qualidade de vida. O estresse crônico e a ansiedade generalizada, são fatores de risco de eventos cardiovasculares agudos e devem ser combatidos o quanto antes.
Desde o início dos anos 2000 reconhece-se um tipo de ansiedade relacionada ao coração: a ansiedade cardíaca.
Trata-se do medo de sintomas e manifestações cardíacas consideradas negativas ou perigosas pelo paciente, que apresenta sensações ou dores recorrentes mas sem alterações físicas que justifiquem.
Evidências mostram que depois de receber o diagnóstico de doença cardíaca alguns pacientes passam a se concentrar intensamente no funcionamento do coração e ficam com medo e preocupados com os sintomas cardíacos.
A ansiedade cardíaca pode levar à perda da qualidade de vida e aumentar o número de exames desnecessários, onerando o sistema de saúde.
Os fatores de risco são fragilidade emocional crônica (depressão) ou aguda (fobias e pânico). É importante esclarecer que esse transtorno pode acontecer tanto na pessoa sabidamente cardiopata quanto na saudável, que normalmente assume uma postura hipocondríaca.
O questionário de ansiedade cardíaca ajuda no diagnóstico que deve ser precoce assim como o encaminhamento ao profissional especializado. O tratamento varia desde sessões de terapia a tratamento medicamentoso. Importante reconhecer e não deixar de se cuidar.