Vamos Falar de Saúde: Os perigos da hipertensão arterial

A pressão alta, ou hipertensão arterial, afeta cerca de 31 milhões de brasileiros acima dos 18 anos. A doença é sistêmica, causada quando há uma alta resistência vascular e dificuldade no fluxo de sangue pelas artérias. Apesar de ser sistêmica e muito comum, dificilmente causa sintomas e pode passar despercebida até que as complicações do não tratamento surjam.

Os principais fatores de risco são idade e hereditariedade, mas fatores ambientais controláveis como obesidade, má alimentação, excesso de bebida alcoólica e sedentarismo também fazem parte da sua fisiopatologia.

O diagnóstico é clínico e acontece quando observamos duas ou mais medidas iguais ou superiores a 140x90mmHg em momentos diferentes. Algumas vezes, alguns exames são necessários para avaliação de causas ou mesmo de comprometimento de alguns órgãos como rim, olhos, coração e cérebro, por exemplo.

Ao fazer o diagnóstico da hipertensão, tão importante quanto iniciar o tratamento medicamentoso, é traçar metas de mudanças de estilo de vida, com cessação de tabagismo e álcool, inicio de uma atividade física, perda de peso e uma alimentação saudável, longe de industrializados, processados e ultraprocessados, que são produtos alimentícios com alto teor de sódio.

As principais complicações cardiológicas são hipertrofia ventricular, doença coronariana e insuficiência cardíaca, mas ainda temos as complicações em outros órgãos importantes como: doenças renais ( que tanto podem ser causa da hipertensão, no caso da hipertensão secundária, ou consequência), alterações oftalmológicas como retinopatia hipertensiva com consequente redução ou perda da visão, quadros neurológicos como demência e até mesmo o AVC.

A hipertensão arterial não dá sintomas. Quando aparece algum sintoma já é da complicação ou quadro muito grave e por isso a importância de avaliação periódica principalmente em pacientes que tenham fatores de risco para seu desenvolvimento. Uma ida ao cardiologista para que ele estratifique o risco e avalie a periodicidade da avaliação, já pode ser o primeiro passo.