Vamos Falar de Saúde: OS BENEFÍCIOS DO CAFÉ PARA A SAÚDE
6 de May de 2024Vamos falar de saúde – Chocolate: vilão ou mocinho na Páscoa?
7 de May de 2024O papel da espiritualidade na saúde do seu coração
Há um conjunto de evidências que demonstram forte relação entre espiritualidade, religião, religiosidade e processos de saúde, adoecimento e cura e são recursos valiosos no contexto do diagnóstico e tratamento do paciente.
Espiritualidade é diferente de religiosidade. É um conjunto de ações sociais, bem estar psicológico, inter-relações positivas, propósito e crenças.
É importante para o médico entender o nível de espiritualidade do paciente, o grau de aceitação do seu diagnóstico e a forma como ele lida com esse processo. Pessoas que tendem a problematizar as situações cotidianas, que cultivam sentimentos negativos e se movem pela raiva, tem maior risco cardiovascular.
É notório, e já consta na diretriz de prevenção cardiovascular da sociedade brasileira de cardiologia, publicada em 2019, que a espiritualidade pode promover saúde e ajudar no processo de doença.
Evidencias cientificas demonstram que elevados níveis de espiritualidade estão associadas a menores taxas de tabagismo, menor consumo de álcool, sedentarismo e melhora adesão a programas nutricionais e farmacológicos no tratamento da dislipidemia, obesidade, hipertensão e diabetes mellitus. Pessoas que praticam a gratidão, o perdão, tem menor propensão a desenvolver doença cardiovascular.
A resiliência é um comportamento que melhora a adesão ao tratamento e a qualidade de vida do paciente, podendo ser adquirida em qualquer fase da vida. Estudos mostram que idosos são significativamente mais resilientes que os mais jovens.
Ao médico não cabe induzir o paciente a pratica de religiosidade, por exemplo, mas apresenta técnicas de espiritualidade que podem ser exploradas no contexto da doença do paciente, trazendo melhor controle sintomatológico e de estresse. A meditação, relaxamento, atividade física, são praticas orientadas para trabalhar esse quesito.
A medicina vem avançando na humanização do cuidado e com olhar mais integral e empático do paciente, focando mais em compreender do que aconselhar, e assim somando mais um aliado no tratamento do paciente.