Quebrando o tabu – Permita-se chorar
13 de May de 2024Quebrando o tabu – permita-se sorrir
13 de May de 2024Nós amamos nossos Pet’s! Inclusive, muitas pessoas consideram os bichinhos de estimação como membros próximos da família, inclusive chamam de filho. Já vi festa de aniversário com bolo para um cachorrinho, levar o cachorrinho de fralda para casa dos amigos e muitos outros casos de como as pessoas tratam seus animaizinhos tanto amados. Contudo, por que na hora dos funerais deles, geralmente os deixamos de lado?
Você sabe em qual momento o ser humano começou a ter animais de estimação? Na pré história. Sim, nós temos Pet’s antes mesmos de nos construirmos como civilização. A idade antiga inicia com o começo da escrita que ocorreu aproximadamente 4000 anos a.C. e a primeira civilização humana foi construída entre 3200 a.C. e 2800 a.C. (a contagem dos anos, no nosso calendário, antes do ano 1 d.C., era ao contrário ou seja, quanto menor o número, mais próximo dos dias atuais).
O homem pré-histórico vivia em pequenas comunidades. Por sermos uma espécie ligeiramente mais inteligente que as outras, costumávamos ocupar lugares altos na cadeia alimentar. E, segundo a historiadora Deise Aur, nos grupos primordiais sobravam alimentos e os lobos se aproximaram em busca dessas sobras. Neste momento, ambas as espécies perceberam uma relação interespecífica de mutualismo facultativo (relação na qual duas espécies diferentes criam conexões de harmonia e ambas se beneficiam dessas interações).
Perceba, o lobo ganhava alimentos, eventualmente afagos, e alguma proteção. O homem ganhava companhia, proteção. Eventualmente, os filhotes lupinos já nasciam acostumados com os hominídeos e esse ciclo foi se intensificando. Alguns cientistas acreditam que com os avanços da civilização, os lobos continuavam rodeando os seres humanos, mas não precisavam mais de tantas batalhas. Por isso, a evolução da espécie foi transformando aquele lobo feroz de antigamente até chegar num lindo pug.
Mas, não são só os caninos que fazem sucesso. No Egito Antigo os gatos eram considerados sagrados. Eles ajudavam no combate de pragas, principalmente ratos. Dessa forma, colheitas eram preservadas e doenças evitadas. Com o passar do tempo, os bichanos foram tratados como membros da família e até divindades! Você sabia que os egípcios raspavam as sobrancelhas em sinal de luto quando um felino falecia? Pois é, os gatos também eram mumificados. Arqueólogos já descobriram mais de 300 mil múmias de gatos.
Entretanto, essa adoração aos gatos já causou ruína aos egípcios. O site Superinteressante conta que cerca de 600 antes de cristo, os persas tentaram invadir a região. E, ao saber da adoração pelos felinos, o comandante Cambises II ordenou que as tropas atacassem o império utilizando os bichinhos como escudo. Que maldade! Mesmo assim, os egípcios ao ver a atrocidade, se renderam para não atacar divindades.
Nossa relação com os Pet’s ocorre desde os tempos primórdios. Entretanto, por que amamos tanto nossos bichinhos? Sabe aquela carinha de “cachorro que caiu da mudança”. Pois então, sentimos empatia, vontade de cuidar.
Pense comigo caro leitor, você alimenta seu bichinho, limpa as necessidades, dá afagos. Sabe por quem mais fazemos isso? Nossos filhos. Você pode estar pensando, “mas, é diferente um Pet de uma criança”. Então, biologicamente nem tanto. O departamento de biotecnologia e ciência animal da Universidade Azabu explica que, ao ver que nossos amiguinhos são “vulneráveis” Liberamos Ocitocina.
E, o que é Ocitocina? Ocitocina é o hormônio do amor. Literalmente! Este hormônio é liberado na hora do parto, quando estamos com um parceiro (a), quando olhamos nosso filho e quando estamos com nosso Pet. Esse é o motivo de que muitas vezes, vemos pessoas tratar seu bichinho como filho.
Contudo, quando eles falecem, costumamos optar pela cremação coletiva. Sabemos que a perda é sempre dolorosa, porém por que não damos a nossos bichinhos uma despedida digna de nosso amor? Se os consideramos, muitas vezes, membros da família, por que não os tratamos como tal?
Já falamos aqui sobre velórios Pet’s. Além dessa despedida final, é mais respeitoso com a memória desse amor um funeral individual. Seja sepultamento ou cremação (confira as leis locais vigentes), é muito mais bonito oferecer uma despedida final ao seu companheiro de vida da forma que ele merece.
Além disso, cremar animais individualmente só traz vantagens. Afinal há inúmeras possibilidades do que fazer com as cinzas. Veja alguns exemplos:
• Se o animal for de grande porte, há como dividir entre a família por meio de pequenos cinzários Pet’s;
• Há como fazer jóias;
• Há como transformar numa plantinha;
• Há como fazer diamante a partir das cinzas.
Na realidade, quase tudo o que se pode fazer com a cinza de um ente querido, pode-se fazer com a do seu Pet. A exceção é quando o animal é de muito pequeno porte. Nesse caso, a quantidade do material limita as opções.
O luto Pet é real. Amamos nossos animais de estimação e temos inúmeras possibilidades com as cinzas. Dessa forma, por que não realizarmos as mesmas cerimônias que temos nos demais lutos? Os rituais são uma forma de amenizar nossas dores e lidar com as situações. Se permita sentir.
Então quebre esse tabu e opte pela cremação individual Pet. Dessa forma, você dá uma despedida digna de seu amor para seu bichinho e para si mesmo também. Caso necessário, conte com a Maracanã Assistência para realizar os procedimentos necessários e cuidar de suas melhores memórias.