Quebrando o tabu – permita-se sorrir

Como já falamos nesta coluna: funeral não tem fórmula. Porém, naquela oportunidade, nos concentramos em falar sobre cerimônias inusitadas. Mesmo assim, ainda ficou uma questão em aberto. O funeral precisa ser triste? Recentemente viralizou um vídeo na internet de uma família dando gargalhadas no funeral de seu pai (avô, etc).

Pense comigo caro leitor, será que sorrir em um funeral é sinal de desrespeito? Convenhamos que a perda de um ente querido é extremamente desagradável. Entretanto, há diversas formas de se lidar com a morte de uma pessoa próxima. Existem casos em que o familiar desmorona. Cada um sente o luto da própria maneira. Pode ocorrer um sorriso de canto de boca ao lembrar dos bons momentos compartilhados.

Afinal, precisamos sofrer pela perda de um ente querido? É imprescindível ser um processo doloroso, escuro, macabro e destruidor? Será que o ente querido perdido iria querer tanto sofrimento para uma pessoa amada? Eu, pelo menos, não quero que quem eu amo sofra a minha perda. Claro que eu quero ser lembrado pelos que ficam, porém de uma forma positiva. Particularmente, me sinto uma pessoa descontraída e irreverente. Por isso, quero minha cerimônia final com risadas, lembranças de minhas piadas e todos os momentos.

Veja por exemplo o funeral de Beth Carvalho, teve samba! O mais inusitado foi a cerimônia de Shay Bradley, que você pode assistir no vídeo abaixo. O falecido causa gargalhadas em seus familiares com uma brincadeira criativa e inesperada. E, por tal atitude, seu funeral se passou de forma leve e descontraída, causando boas emoções em todos, mesmo num momento tão difícil.

Então quebre esse tabu! Permita-se sorrir, chorar e lidar com a perda. O luto é um processo individual de cada pessoa e, por isso, não tem fórmula nem regra. Lembre-se de procurar ajuda de um psicólogo, caso necessário, se sofrer com a perda de alguém próximo. E, não se cobre. Afinal, só você sabe o que está passando e a melhor forma de reagir.