Vamos falar de saúde: Os perigos da automedicação
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7 de May de 2024A primeira descrição dessa doença veio há 55 anos atrás, mas muito tem sido estudado sobre ela e seu conhecimento cresce a cada dia. Há alguns dias, o ator Rafael Cardoso foi surpreendido com o diagnostico de cardiomiopatia hipertrófica e trouxe essa doença para o conhecimento público.
A cardiomiopatia hipertrófica é uma doença genética caracterizada por uma hipertrofia ventricular esquerda, sem dilatação do ventrículo esquerdo e sem nenhuma outra causa subjacente que possa levar a ela. Acomete cerca de 1 a cada 500 indivíduos de ambos os sexos e todas as idades.
É uma doença de transmissão familiar, autossômica dominante, assim sendo, se um pai ou mãe possuir a doença, a tendência é de 50% dos filhos serem acometidos.
A suspeição clínica se dá a partir de uma história familiar da doença ou de morte súbita, achados de hipertrofia ventricular ao eletrocardiograma, ecocardiograma ou ressonância cardíaca. Essa área de hipertrofia é responsável por gerar uma isquemia, fibrose e consequente arritmia que pode ser revertida ou causar a morte súbita.
Por conta do risco de morte súbita, os portadores de cardiomiopatia hipertrófica não devem praticar atividades física competitivas, mas podem ser supervisionados para a realização de atividades de leve a moderada intensidade, de acordo com a gravidade da doença.
O tratamento até pode incluir medicações sintomáticas, mas o tratamento definitivo é com cirurgia ou implante de um cardiodesfibrilador implantável, dispositivo que irá reverter toda a arritmia que se iniciar e evitar, assim, a morte súbita.
É importante aproveitar esses casos públicos para falar sobre a doença, para muitos desconhecida, para que cada vez mais pessoas levantem a suspeita e o diagnóstico seja feito precocemente, evitando assim a sua principal complicação: a morte súbita!