O Processo Terapêutico: visão geral do enlutado

Na semana passada falei sobre o processo terapêutico inicial do luto. Uma das coisas que fazem parte desse processo inicial é o preenchimento de um diário de monitoramento do luto onde registramos os gatilhos diários do sentimentos mais intensos e os momentos menos angustiantes.

Depois que temos esse registro, avaliamos o que foi preenchido no diário e conseguimos então ter algumas novas informações importantes, conseguimos descobrir padrões que podem nos ajudar como quando o luto foi relativamente manejável e quando houveram emoções mais dolorosas.

Discutimos então sobre atividades que foram deixadas de lado, mas que podem ser recuperadas já que traziam alegria e um sentido na vida. Novas atividades que também podem trazer essas coisas são avaliadas e discutidas também.

Uma conversa com um parceiro, amigo ou parente também é de grande valor. Uma terceira pessoa no processo pode nos ajudar entender com uma outra visão, o paciente. Podemos ouvir o que o paciente está fazendo ou deixando de fazer que não foi considerado válido para o paciente nos contar, mas que uma terceira pessoa, pode ter percebido.

Essa parte do processo é muito importante para conseguirmos ter uma visão mais global do funcionamento do luto do paciente e podermos já descobrir as atividades que serão colocadas em prática para a melhora de seu humor e sentido de vida.

Se estiver com dificuldade e com muito sofrimento, não hesite em buscar um apoio psicológico. Uma psicoterapia pode te ajudar aceitar a situação atual e a lutar para alterá-la.