O Processo Terapêutico: reavaliação do progresso

Continuando e terminando essa série de postagens sobre o processo terapêutico, hoje falo sobre a reavaliação do progresso e o encerramento do tratamento.

Depois de todo o processo trabalhado nas sessões que comentei nas postagens anteriores, fazemos uma reavaliação do caso juntamente ao paciente. Devemos avaliar o progresso feito durante o tratamento e se temos alguns pontos que ainda estamos “empacados”. De maneira então colaborativa, decidimos quais os próximos passos do tratamento.

Podemos decidir que o que estamos fazendo está dando certo e precisamos continuar, que já não é mais necessário alguma estratégia ou que precisamos mudar nossas estratégias.

Um exercício final que podemos desenvolver junto ao paciente é a conversa imaginária. Neste exercício, o paciente encara o papel de si e do ente falecido. Durante a conversa, o paciente faz perguntas e o falecido oferece reasseguramentos de que está tudo bem. Esse exercício é opcional e pode ser mais indicado para casos onde o relacionamento com o falecido era positivo.
Quando realizado no momento correto, pode ser uma experiência muito significativa e poderosa para o paciente enlutado.

Se estamos trabalhando com um paciente que sofreu outras perdas, podemos seguir os mesmos passos que seguimos e normalmente o progresso da terapia tende a ser mais rápido para esses outros casos.

O processo de encerramento é visto de maneiras diferentes dependendo do paciente. Alguns encaram o processo como um desenvolvimento positivo, como se fosse uma graduação que marca o progresso feito depois de ter passado por um luto intenso e debilitante. O encerramento pode ajudar a reforçar o senso de cura e de estar novamente “completo”.

Para outros pacientes, o encerramento pode ser encarado como mais uma perda. Neste caso, a perda da relação terapêutica. Com esses tipos de clientes, pode ser necessário prolongar o processo de encerramento e discutir com o cliente para prepará-lo para a cisão.

Se estiver com dificuldade e com muito sofrimento, não hesite em buscar um apoio psicológico. Uma psicoterapia pode te ajudar aceitar a situação atual e a lutar para alterá-la.