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2 de May de 2024Na nossa coluna vamos abordar um assunto que está muito em foco: vacina. Essa palavra é sinônimo de esperança e manutenção da vida. E segundo dados e pesquisas salva mais de 3 milhões de pessoas, por ano, no mundo. E em tempos de coronavírus é o assunto do momento! Aquilo que queríamos todos ouvir “foi descoberta a vacina para a Covid-19” e tudo voltaria ao “normal”. Sem dúvida foi a invenção mais contundente da história e poupa milhões de vidas humanas e animais em todo o planeta. Mas, qual foi a história da sua criação?
Todos sabemos que a vacina tem a função de potencializar o sistema imune para produção de anticorpos, com objetivo de proteger o organismo das doenças virais e bacterianas que causam doenças infeciosas. Mas, como tudo começou?
Na China! Isso mesmo. Foi no século X, quando lá descobriram a primeira forma de imunização. O experimento fazia com que as pessoas saudáveis fossem expostas a tecidos das feridas causadas por doenças, para aumentar a imunidade. E em muitos casos deu certo e em outros… muito errado.
Porém, a vacina teve início mesmo no século XVIII, quando o médico inglês Edward Jenner utilizou a aplicação de um composto para prevenir a contaminação por varíola, uma doença viral extremamente grave que causava febre alta, dores de cabeça e no corpo, lesões na pele e morte. Essa doença era altamente contagiosa e vitimou muitas pessoas.
Jenner, nasceu em maio de 1749, na Inglaterra, e dedicou cerca de 20 anos de sua vida aos estudos sobre varíola. Em 1796 realizou uma experiencia que permitiu a descoberta da vacina e em 1798 divulgou seu trabalho “Um Inquérito sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola”, mudando, a partir daí, completamente a visão de prevenção contra doenças.
Como se deu a descoberta? Foi bem parecido com o que aconteceu na China. A partir dos estudos, em 1796, o médico inoculou o pus presente numa lesão de uma ordenhadora chamada Sarah Nelmes, que possuía a doença (cowpox), num garoto de oito anos de nome James Phipps. Phipps adquiriu a infecção de forma leve e, após dez dias, estava curado. Posteriormente, Jenner inoculou em Phipps pus de uma pessoa com varicela, e o garoto nada sofreu. Surgia aí a primeira vacina.
Em 1799, foi criado o primeiro instituto vacínico em Londres e, em 1800, a Marinha britânica começou a adotar a vacinação. Houve muita resistência das autoridades e população, por medo do novo e também pela desinformação sobre os estudos.
E no Brasil? A vacina chegou ao nosso país em 1804, trazida pelo Marquês de Barbacena. E, ao longo de pouco mais de um século, o país viu a medicina avançar a passos largos. Mas, o início dessa jornada foi marcado por reações populares não muito boas, porque muitos tinham temor daquilo que era desconhecido. Então, no Rio de Janeiro houve uma ação chamada “Revolta da Vacina”, logo após a aprovação da Lei da Vacina Obrigatória, em 31 de outubro de 1904. O governo queria imunizar a população contra a varíola, mas não contava com a desinformação generalizada e o pânico sobre a “novidade”. Todos temiam os efeitos injeção. Resultado: 50 mortos e 110 feridos. Porém, a lei prevaleceu!
Hoje podemos contar com muitas vacinas: tríplice viral, sarampo, Hepatite dentre outras. Elas são responsáveis por imunizar e salvar vidas! É de suma importância irromper a ignorância e vencer o medo, que persiste na população até os dias hoje. Vacinar é prevenir e curar!
De acordo com dados da OMS, cerca de 400 crianças morrem diariamente de sarampo no mundo, apesar de a vacinação ter permitido reduzir o número de mortes em 79% nos últimos 15 anos. Tudo isso, porque ainda há pessoas que temem, ou mesmo não acreditam na eficácia das vacinas. Mas, isso é uma outra história.