Curiosidades que vão além – Sonhar com a morte
3 de May de 2024Curiosidades que vão além – EQM Experiência de Quase-Morte
3 de May de 2024Fotografar é eternizar momentos, sejam eles felizes ou tristes. É “congelar” alguma ocasião ou fato especial para guardarmos ou exibirmos. Nos dias de hoje com o advento dos smartphones a preços acessíveis, era digital e toda essa moda de redes sociais postar fotos parece ser tão normal que ser formos nos remeter a Era Vitoriana, século XIX, pode ser assustador como no início as fotografias eram utilizadas.
Naquela época, com o período entre 1837 a 1901, em que a rainha Vitória era a monarca da Inglaterra, a fotografia começou a surgir. Porém, neste início o que mais marcou foram os registros fúnebres. Os frágeis corpos humanos não resistiam as muitas “pestes” (doenças) que assolavam as cidades. Além das guerras e disputas por poder. Moral da história, muita gente morta e como a fotografia era novidade, as famílias enlutadas, tanto as ricas quanto as pobres, faziam de tudo conseguir o registro de seus entes queridos falecidos.
Há muitos registros nos bancos de imagens em sites de pesquisas e colocamos alguns deles numa galeria para que vocês possam admirar esta curiosidade. O inusitado disso é a arte fúnebre por trás dessas fotos. Dependendo do fotógrafo, apesar de as fotos serem em preto e branco, os cadáveres eram muitas vezes maquiados, colocados em poses como se estivessem vivos! Era incrível! Há casos em que a família toda era fotografada e muitas vezes não dava para identificar quem estava vivo ou morto, tanto que este tipo de ensaio recebeu o título em latim de post mortem, ou pós-morte.
De toda a forma cultuar a memória de alguém é expressar o maior dos sentimentos e, nesta época, o custo de uma fotografia era tão alto que estes registros passavam a ser mais valorosos ainda. Havia muita pobreza e nem por isso as pessoas não esforçavam para contratar o fotógrafo e o boticário (médico) para manter os falecidos ainda sem serem cremados ou sepultados, por conta da distância que os profissionais tinham que percorrer até o local para fazerem os registros.
São muitas as histórias sobre este assunto. Para se ter ideia, um roteirista o colocou como o ponto central para o desfecho do emblemático filme “Os Outros”, em que a realidade é revelada a mocinha vivida pela atriz Nicole Kidman quando ela percebe que todos estão mortos através de um álbum de fotos fúnebres, mas isso é uma outra história.