Curiosidades que vão além – A origem do Halloween
3 de May de 2024Curiosidades que vão além – Sonhar com a morte
3 de May de 2024Essa história, segundo pesquisas, data de 1692 a 1693, uma época em que a humanidade era muito grotesca. Em nome da sociedade, política, bem-estar e de ‘Deus” agiam de forma cruel. Qualquer coisa ou rumor que os amedrontasse e ameaçasse era julgado e condenado a morte por enforcamento, linchamento ou fogueira! Os menores castigos eram o exílio ou prisão (insalubre). Todas as execuções eram públicas, para dar exemplo à população.
Para se ter ideia, de meados do século 14 até o 18, qualquer mulher que não se considerasse católica ou que tivesse comportamentos fora dos padrões tradicionais poderia ser acusada de bruxaria. E o que acontecia? Era levada à fogueira ou enforcamento por isso.
Mas, vamos a história em questão. O fato aconteceu na América do Norte, na pequena cidade de Salém, Massachusetts (EUA). Esse foi o julgamento mais documentado sobre “bruxas” que se tem notícia, afinal não há pessoa que não conheça ou tenha ouvido falar dessa história. De acordo com pesquisas o episódio aconteceu depois que a escrava Tituba falou sobre uma bruxa chamada Davina, que faria pacto com que quisesse seus poderes. As pessoas ficaram muito curiosas. A mesma escrava abordou fatos sobre vudu (religião tradicional africana).
Segundo relatos, algumas mulheres que fizeram o tal “pacto” tiveram pesadelos. Um médico foi chamado à cidade e, de acordo com os “sintomas”, as moças estavam “embruxadas”. Pronto, o estrago estava feito! Os julgamentos de Tituba e de outras pessoas foram realizados perante o juiz Samuel Sewall. Cotton Mather, um pregador colonial que acreditava em bruxaria. Ele encarregou-se das acusações. Após a morte de sua serva afirmou que Davina foi passando de corpo em corpo a cada morte.
Em mais ou menos um ano cerca de 200 pessoas foram acusadas de praticar bruxarias. Ao todo, 19 mulheres foram enforcadas, diversas morreram na prisão, um homem de 71 anos foi morto a pedradas. Essas pobres almas foram acusadas de praticar bruxaria e realizar pactos com o demônio.
O mais curioso disso tudo é que as principais testemunhas de acusação foram crianças. Fforam elas as primas Elizabeth “Betty” Parris e Abigail Williams, com, respectivamente, 9 e 11 anos.
Com o fim das acusações, dos julgamentos, das prisões e das sentenças, começou a série de “mea” culpa com declarações de pessoas como o juiz Samuel Sewall, que pediu perdão publicamente por ter errado em seus julgamentos. No dia 14 de janeiro de 1697, o Tribunal Geral de Salem promoveu um dia de jejum em respeito às almas das mulheres condenadas.
As Bruxas de Salém virou peças, filmes e livros. Foi um relato cheio de tristeza e superstição, histeria coletiva e injustiça. Assim como as histórias medievais sobre bruxas celtas. Mas isso é uma outra história.