Crianças Enlutadas: questionamentos e funeral

Apesar das crianças e jovens terem um contato com a morte e sofrerem com o luto também, pode ser difícil de saber como uma criança vai reagir o falecimento de alguém próximo. Como disse na postagem anterior, nós, adultos, precisamos demonstrar segurança e estar presentes para ajudar a criança superar seu luto. Responda seus questionamentos e não dê muita informação de maneira voluntária.

Dependendo da idade do pequeno, apesar dele entender que a morte é algo ruim e ele não gostar da separação, o conceito de “para sempre” pode ainda não estar presente. Crianças mais velhas, com idade escolar, podem entender que a morte é permanente, mas ainda podem ter muitos questionamentos. É importante que os pais ou responsáveis respondam honestamente e da maneira mais clara possível. Porém, muitas questões não são possíveis de serem respondidas. Não tem problema. Se não conseguir responder tudo, estar presente para a criança, é o que mais importa.

1 – Seja Direto. Pelas crianças serem muito literais, temos que tomar cuidado com falas como “ele está dormindo”, quando falamos do ser falecido. Isso pode causar mais problemas. Além de poder provocar medo de dormir na criança, você pode perder a oportunidade de fazer ela desenvolver habilidades de enfrentamento mais saudáveis.

2 – Ir ou não ao funeral é uma decisão individual. A presença neste evento pode ajudar a dar um senso de encerramento pelo papel ritualístico. Dependendo da criança, ela pode não estar preparada para uma experiência tão intensa. Nunca force uma criança ir ao funeral. Se ela quiser ir, prepare-a para o que ela vai encontrar lá. É sempre bom explicar que funerais são ocasiões muito tristes, que algumas pessoas estarão chorando e que pode haver um caixão. Se decidir ir, lembre-a de que você estará junto à ela. Dê segurança.

Plantar uma árvore, compartilhar histórias ou soltar balões podem ser boas alternativas ritualísticas para dar encerramento para uma criança.