A morte diária

Depois de mais de um ano produzindo conteúdo para este Blog sobre o Luto, resolvi dar alguns passos para trás e retornar a alguns assuntos importantes, que considero o básico do Luto para quem não estava aqui desde o começo.
O mais básico para podermos começar nossa conversa é que a morte é uma das poucas garantias da vida. Eu falo que é uma das poucas e não a única porque temos a garantia de que se entrarmos na água vamos nos molhar e que se eu pular, eu vou cair.

Enfim, a morte é uma das poucas garantias da nossa vida. Desde que nascemos, vamos em direção a ela a cada segundo que passa. Mesmo assim, poucas pessoas se sentem confortáveis de falarem sobre ela. Até mesmo pessoas religiosas, que praticam todos os rituais e orações, que estudam todos os ensinamentos da vida após a morte, até mesmo essas pessoas podem ter um enorme anseio de falar sobre o fim.

O ruim dessa dificuldade de reflexão sobre a morte, sobre o fim, e a nossa incapacidade de discutir abertamente com os outros, pode nos trazer ainda mais sofrimento. Não importa que não queiramos falar sobre ela, a morte estará presente durante toda nossa existência. Visto que este é um tema constante em tudo que consumimos de entretenimento, nos motivadores para nos comportamos de maneira mais saudável e também que perderemos pessoas importantes mais de uma vez durante nossa existência.

Isso nos traz mais sofrimento por acabarmos enfrentando tudo sozinhos, sem preparo e com uma maior dificuldade de superação. Reflita um pouco sobre isso e tente chegar em uma ideia do porque você não pensa mais sobre a morte. Qual o seu medo?

Se estiver com dificuldade e com muito sofrimento, não hesite em buscar apoio psicológico. Uma psicoterapia pode te ajudar a aceitar a situação atual e a lutar para alterá-la.