Psicologia do luto – Suicídio Infantil

Mesmo que o suicídio em pré-adolescentes aconteça com menor frequência do que em outros grupos, infelizmente, ele acontece mais do que gostaríamos. De 1999 à 2015, nos Estados Unidos, 1.309 crianças com idades de 5 a 12 anos atentaram contra sua própria vida e tiveram sucesso. Apesar dos estudos demonstrarem que meninas tentam suicídio mais frequentemente, 76% dos casos citados, são meninos.

E por que isso está acontecendo? Um estudo que examinou suicídios de 2003 a 2012, cita que os fatores mais comuns são problemas nos relacionamentos. Brigas e outras confusões com amigos, parentes e namorados (em caso de crianças mais maduras). Problemas de saúde mental também foi visto com uma alta prevalência nos casos estudados.

Dentro dos casos da pesquisa, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade era o mais comum no grupo de crianças de 5 a 11 anos. Enquanto no grupo de crianças de 12 a 14 anos, depressão era o mais diagnosticado. Isso pode indicar que crianças menores podem reagir de maneira mais impulsiva à problemas.

Você, pai / mãe, pode ficar atento à alguns sinais que talvez indiquem que seu filho precise de ajuda:

• Mudanças em seu comportamento habitual, estar mais cabisbaixo, desanimado, se frustrando facilmente e sem ânimo para fazer as coisas que gostava.
• Estar tendo comportamento de risco (brincar de se sufocar ou subindo na janela do apartamento, por exemplo).
• Conversas que indicam pensamentos ou planos suicidas.
• Alguns fatores de risco incluem tentativas passadas de suicídio, depressão não tratada, transtornos de saúde mental não tratados, compreensão incompleta da morte, comportamentos de risco, automutilação, uso de substâncias como álcool e drogas.
• Histórico familiar de casos de suicídio, situação familiar instável e experiências negativas na escola (como bullying).

Para evitar, podemos fortalecer fatores de proteção como relações positivas na família, ajudar na construção de uma auto-estima positiva, no desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas, ter mais estabilidade familiar, estimular conexões na escola, ter mais atividades.