Após falar sobre 3 possíveis fases do luto que podemos desenvolver (Barganha, Raiva e Negação), agora chegou a hora da fase do luto que pode dificultar o nosso diagnóstico de um luto complicado, a Depressão.
Para se lembrar, as fases são: Negação (ex: ”Não pode ser verdade”); Raiva (ex: “Isso não deveria ter acontecido, não é justo”); Barganha (ex: “Eu juro que vou melhorar minha maneira de ser se…”); Depressão (ex: “Eu não posso fazer mais nada” – apatia, tristeza e isolamento); Aceitação (ex: vê que não se pode fazer nada, enfrenta a situação e segue em frente).
A Fase da Depressão pode complicar a vida dos profissionais de saúde mental por poder se confundir com um estado depressivo do transtorno depressivo maior. Já falei sobre a diferença entre o Luto e a Depressão Maior e você pode conferir sobre essa diferença em algumas postagens anteriores.
Após então percebemos que não temos controle sobre o que aconteceu e também que não podemos magicamente acabar com a dor ou trazer de volta o que, ou quem, já se foi, podemos então entrar na fase depressiva do luto.
Durante esta fase, estamos tão descrentes da vida que começamos a ter pensamentos depressivos, de baixa autoestima e de que não podemos fazer mais nada. Sentimos uma tristeza além do normal, uma apatia e isso tudo nos leva ao isolamento social.
Sentimos quase que uma necessidade fisiológica de ficarmos sozinhos com nossos pensamentos. Apesar da tristeza realmente nos ajudar em uma reflexão sobre o que está acontecendo e o que aconteceu, se não conseguirmos sair dela podemos realmente entrar em um estado depressivo clássico e ter prejuízos significativos.
Passando por esta fase, todas as reflexões sobre o que aconteceu terão acontecido e a percepção de que a vida continua pode acontecer, o que nos leva à última possível fase, a aceitação.
Se estiver com dificuldade e com muito sofrimento, não hesite em buscar apoio psicológico. Uma psicoterapia pode te ajudar a aceitar a situação atual e a lutar para alterá-la.