O fato de ter nascido prematuramente não significa que o seu filho seja um bebê com maior risco de ter uma malformação cardíaca congênita.
O coração do feto forma-se durante as primeiras oito semanas da gestação, portanto, mesmo que o parto seja prematuro, o coração já está completamente formado nessa altura.
O canal arterial (ou ductus arterioso) é um largo vaso do coração que conecta a aorta (que leva sangue ao corpo) à artéria pulmonar (que leva sangue aos pulmões).
Este ducto geralmente se fecha no recém-nascido a termo com 12 a 15 horas de vida. Esse fechamento tem que ocorrer, pois só assim a circulação se dá de forma normal, ou seja: o sangue circula pelo corpo e não retorna aos pulmões, o que poderia causar sérios problemas respiratórios.
Porem, nos bebês prematuros, o canal arterial permanece aberto por um período mais prolongado, e a freqüência da PCA é proporcionalmente maior quanto mais imaturo for o recém-nascido.
A persistência do canal arterial favorece uma sobrecarga de volume sangüíneo sobre o coração proveniente dos pulmões levando a uma insuficiência cardíaca que aliada à já presente insuficiência respiratória propiciará um quadro de extrema gravidade, piorando o sofrimento dos órgãos e tecidos devido à deficiência de oxigênio.
O diagnóstico se dá através de ecocardiograma e o tratamento costuma ser com medicação anti-inflamatória e só em casos mais extremos, com cirurgia.