Duvidas e inseguranças normalmente acompanham as gravidas, mesmo em tempos normais. Desde março, com o início da pandemia pelo coronavírus, as preocupações com a gestação aumentaram e muitos questionamentos levaram a estudar e observar as gestantes em tempos de pandemia.
A Organização mundial de saúde (OMS) classificou a gestante como grupo de risco para infecção pelo coronavírus. Isso não significa que a gestante tem maior predisposição ao contágio, mas sim, maior risco de evoluir para formas graves da doença. Esse risco foi demonstrado principalmente em gestantes com idade gestacional superior a 34 semanas e índice de massa corporal (IMC) maior que 30.
Além de ser grupo de risco, as gestantes que evoluíram com a forma grave da COVID-19 tiveram maior risco de desenvolver pré-eclampsia, mas uma entidade diferente, considerada pré-eclampsia like. Essas complicações podem ser explicadas pelo estado pro-trombótico da gestação associado ao mesmo estado pro-trombótico da COVID-19, podendo acarretar disfunção placentária e pré-eclampsia, considerada diferente por não se resolver com o parto e retirada da placenta.
Uma outra questão a se considerar, é que alguns estudos já evidenciaram transmissão vertical (da mãe para o feto), mas ainda precisa maiores estudos para confirmar essa transmissão. Quanto ao aleitamento materno, deve ser estimulado de forma habitual desde que as condições maternas permitam. Para isso, o uso de mascaras de proteção, higiene das mãos sempre que pegar o bebê e a cada mamada e evitar falar durante a amamentação são medidas que podem minimizar o contágio. Até o momento não há transmissão do vírus pelo leite materno.
O mais importante nessa fase é manter-se em isolamento social, trabalhar via home-office ou afastar-se do trabalho e de pessoas contaminadas. Se precisar sair, álcool em gel nas mãos e na bolsa, mascara de proteção individual e o menor tempo possível de exposição.
Uma coisa importante a ressaltar é que durante o período de pandemia, por conta do isolamento social e alto risco de contato, as maternidades restringiram entrada de acompanhantes e visitantes à mãe e bebe.
A doença é muito recente, estamos todos aprendendo a cada dia e os estudos a cerca da sua virulência e letalidade ainda estão em andamento, assim como a vacina. Qualquer dessas informações colocadas aqui ainda pode mudar a medida que algum estudo seja finalizado.
Por enquanto, proteja-se. Evite lugares fechados, aglomerados. Mantenha-se em isolamento social até que seja seguro sair. E procure uma unidade de saúde ao primeiro sinal de doença.