O padrão alimentar atual engloba um alto consumo de produtos animais, principalmente processados e ultraprocessados, cheios de gordura saturadas e aditivos químicos, associado a um elevado consumo de “produtos alimentícios”, que são entregues pela indústria como saudáveis, na forma de biscoitinhos fit, produtos sem glúten e sem açúcar, mas cheio de substancias maléficas que trazem inflamação crônica na exposição prolongada.
Do outro lado, o veganismo, que causa deficiência nutricional e predispõe a osteopenia, perda de massa magra e anemia. Sabemos que nenhum extremo é saudável e a proposta desse artigo é falar sobre os benefícios da alimentação natural na saúde cardiovascular.
A dieta do Mediterrâneo tracional, baseada em uma ingestão rica de oleaginosas, azeite, legumes, verduras e peixes, sem nenhum ou pouco consumo de produtos de origem animal, já é bem descrita e tem inúmeros estudos que embasam sua indicação nos guidelines. Recentemente, A Pesco Mediterranean diet with jejum intermitente, tem sido observada como uma melhor opção na prevenção de doença cardiovascular, diabetes, síndromes metabólicas e câncer.
Teoricamente seria a dieta do Mediterrâneo associada a um aporte maior de peixes e azeite extra virgem, uma taça de vinho tinto seco por dia e jejum intermitente de 12h pelo menos.
O jejum intermitente cria uma janela alimentar e limita a ingestão de caloria por 6 a 12h/dia. Quando feito regularmente mostrou reduzir gordura visceral e produção de radicais livres, além de melhorar o metabolismo da glicose e reduzir a inflamação sistêmica, reduzindo assim o risco cardiovascular. E ainda reduz a pressão arterial e frequência cardíaca de repouso, melhorando o sistema autônomo e a variabilidade da frequência cardíaca, importante preditor de morte cardiovascular.
Essa proposta traz de volta a dieta dos nossos ancestrais, que precisavam sair para caçar seu próprio alimento, consumiam apenas o que encontravam na natureza e permaneciam muito tempo em jejum enquanto caçavam.
É basicamente comida de verdade, respeitando a fome fisiológica e não horários fixos para alimentar-se. “Descasque mais, desembale menos”, “coma quando sentir fome” esse é o lema.