
A morte ainda é um tabu. Da mesma forma que é inevitável e muito temida para a maioria das pessoas. Mas, por que não conversamos abertamente sobre ela? Afinal, falecer é a única certeza que temos quando nascemos. Então, porque não nos preparamos desde jovens para nossa maior e única certeza?
Estudos psicológicos indicam que cultuar o medo do perecimento faz com que deixemos de aproveitar a vida. Viver com apreensão, por antecipação de algo que acontecerá, impede de aproveitarmos o presente.
Além disso, há uma cultura em nossa sociedade que afasta nossas crianças do debate sobre o “fim”, por considerar “demais” para elas. Quando algo desse tipo acontece na família, os menores são designados à casa de parentes distantes, levando consigo um caminhão de mentiras esfarrapadas. Essa exclusão da realidade desencadeia, dependendo de sua personalidade, grandes traumas. Tornando assim a passagem uma experiência pavorosa e misteriosa. Daí os medos.
Também, segundo estudiosos do assunto, é inconcebível ao nosso subconsciente imaginar um fim real para nossa vida. Para ele, só podemos ser mortos, e isso não pode acontecer de causas naturais ou de idade avançada. Portanto, falecer em si está ligado a algo medonho e desconhecido. Afinal, ninguém voltou para nos explicar como é do outro lado.
Mas então, por que falar sobre morrer? Porque tratar o fato como um assunto natural, torna-o mais humano. Lidar com o assunto como tabu deixa ele mais mecânico e solitário. Gera traumas e dificuldade de aceitação, seja de seu falecimento, ou de alguém próximo a você.
Então, quebre esse tabu! Fale abertamente sobre a morte e trate-a, como um assunto natural da vida. Desta forma, você evitará traumas, e se permitirá uma vida livre de preocupações desnecessárias. Mas calma! Você ainda não é um “highlander”, viver sem preocupações é diferente de ser inconsequente! Então, aprecie com moderação.
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