Quebrando o Tabu – Agente funerário

Hoje gostaria de começar a coluna com um texto que circula atualmente na internet:

• Me perguntaram na rua: “onde você trabalha?
• Eu respondi: “Em Funerária.“
• Você é urubu?
• Não, trabalho em uma funerária. É uma profissão que poucos compreendem, mas como o médico que acalma a dor do corpo, eu ajudo acalmar a dor da alma.
• Mas, se já morreu, que dor você pode curar?
• A dor do enlutado, aquele que ficou nessa terra e perdeu o seu ente querido. Que esteve em hospital, sentado em uma cadeira ou até mesmo no chão. Aquele que abre os olhos e ouve atento e assustado quando algum enfermeiro(a) anda rápido, aquele que na solidão da noite ouvi a pior notícia. Para ele vai minha profissão!

Este texto conta um pouco sobre a visão dos agentes funerários sobre a própria profissão. Quem o escreveu tem a consciência da missão iluminada que cumpre: cuidar dos vivos que ficaram com a dor de perder um ente querido. Além de preparar com respeito e atenção àquele que se foi. Este profissional, sofre muito preconceito, e estará com você no seu pior momento te dando o apoio e atenção necessários.

Pense comigo caro leitor, é fato que a morte ainda é um tabu. E esse tabu, traz uma mística e um medo em tudo que o envolve. As profissões que lidam com o “morrer” não estão isentas disso. Mas, neste momento, vamos nos concentrar nos heróis que lidam com a família, daquele que se foi, em todos os momentos da perda.

Os agentes são responsáveis pela logística do falecido com todo cuidado e levar aos lugares necessários até o fim do funeral, com por exemplo: laboratório de tanatopraxia, IML (caso necessário), depois fazem a ornamentação e após para o local de velório, de sepultamento e o que mais for necessário solicitado pela família. Trabalho que requer muita dedicação e carinho. Os agentes e auxiliares prestam assistência à família!

O que muitos não sabem, é que esses profissionais são felizes no que fazem! Estão na profissão por escolherem ser úteis à sociedade e lidar com o pior momento das pessoas de forma honrosa e humanizada. Veja por exemplo o sorriso estampado do nosso colaborador Jonathan na foto acima (primeiro a esquerda), ou até mesmo Paulo (á direita). É evidente que eles se emocionam com as histórias das famílias que lidam, são humanos! Mas, faz parte do trabalho se manter firme com seus sentimentos para amparar àqueles que necessitam e produzir as melhores memórias da despedida! E eles conseguem.

Então, quebre esse tabu! Tenha, como nós, uma enorme admiração pelos agentes funerários. Pois estes, têm mais que uma profissão, têm uma missão! Eles estarão lá por vocês em seus períodos de muita dor, mas tenha certeza de que pode contar com eles.