Após o diagnóstico de uma doença fatal é normal que você e sua família sintam choque e torpor, uma resposta natural às notícias dolorosas. Afinal, receber a notícia que um familiar irá falecer é um grande golpe.
Doenças terminais nos trazem a possibilidade de absorver a realidade de forma gradual, resolver questões pendentes com o doente, desatar os nós, perdoar mágoas e ser perdoado abrindo espaço para o amor e carinho.
A melhor forma de enfrentar as perdas e o prenúncio da morte é falar sobre ela e sobre o que a mesma provoca nas pessoas. Reconhecer sentimentos e poder comunica-lós é necessário. A comunicação honesta entre o paciente e a família deve ser incentivada. Compreender sem julgar. Se juntos compartilham emoções, conseguem enfrentar aos poucos a realidade da separação eminente e a aceitá-la
Embora estejam vivendo um momento difícil, tanto para o paciente quanto para a família faz sentido ver que a doença não desequilibrou totalmente o lar, nem a privou de momentos de lazer. Assim como o doente terminal os membros da família não devem e nem podem encarar a morte o tempo todo, em especial o cuidador principal. A doença pode permitir que o lar se adapte e se transforme gradativamente, preparando-se para quando o enfermo não estiver mais presente. É necessário ter o equilíbrio entre ser útil ao paciente e respeitar suas próprias necessidades.
Com a chegada da morte a dor e a saudade são inevitáveis. Negar a dor, antes ou após a morte, só a torna mais confusa e avassaladora. Lembre-se o luto é um processo e não um evento. A morte de alguém amado muda nossas vidas para sempre, portanto seja tolerante e paciente consigo mesmo.