Quando temos estudos e pensadores que tentam explicar fenômenos da nossa vida, podemos ter a tendência de generalizar tudo que se relaciona a tais fenômenos. Buscamos colocar tudo dentro de caixinhas para facilitar a identificação e o modo de lidar/tratar cada fenômeno desconfortável que podemos vivenciar.
Hoje, com o aumento da intolerância com pessoas diferentes, que pensam diferente e que reagem diferente frente aos mais variados eventos, mais essa inflexibilidade de não entender que cada indivíduo é único e que o outro pode ter reações únicas e diferentes das nossas faz com que o diálogo fique mais difícil e que não façamos a manutenção correta da busca científica explicativa dos fenômenos.
Quanto ao Luto, por ser um desses fenômenos, isso também acontece. Podemos ser inflexíveis quanto nossas expectativas do luto do outro e querer prescrever como o outro deve agir para superar seu luto.
Fique atendo, claro, e veja sempre se o ser enlutado precisa de ajuda com algo ou se o seu luto está durando tempo demais, ou lhe causando prejuízos, mas tente por um tempo deixar que ele tente resolver seu luto sozinho. Pode ser um processo importante que o indivíduo deve passar, do seu jeito, para que ele entenda sua dor e desenvolva reflexões importantes sobre a vida.
Seja então mais flexível com o Luto. Entenda que cada um sofre e lida da sua maneira e esteja lá para dar todo suporte necessário e, se preciso, aconselhe uma ajuda psicoterápica. Claro que muitas das dicas que dei nesta coluna podem ajudar, mas talvez não sejam necessárias. Aguarde e entenda a individualidade de cada um. 🙂