Continuando essa sequência de postagens sobre as Fases que o luto pode trazer, hoje falo sobre a Barganha.
Para se lembrar, as fases são: Negação (ex: ”Não pode ser verdade”); Raiva (ex: “Isso não deveria ter acontecido, não é justo”); Barganha (ex: “Eu juro que vou melhorar minha maneira de ser se…”); Depressão (ex: “Eu não posso fazer mais nada” – apatia, tristeza e isolamento); Aceitação (ex: vê que não se pode fazer nada, enfrenta a situação e segue em frente).
Quando percebemos que nosso controle das coisas é quase inexistente quando falamos da vida e da morte, juntamente com uma possível descrença em nossa capacidade de superação, podemos nos direcionar para a fase da Barganha.
Durante esta fase, estamos tão descrentes em nossa capacidade para lidar com as coisas sozinhos que podemos começar a nos envolver em promessas, religiosas ou não, para que a dor passe ou que o que perdemos, retorne.
A busca pelo retorno de um dia “normal”, onde quem se foi ainda estava alí, onde sua dor emocional era inexistente se torna um objetivo pelo qual você acredita que pode negociar.
A fase de barganha é sua última resistência enquanto você resiste à aceitação, e a entrega emocional que se segue pode parecer semelhante à depressão.
No estágio de negociação do luto, você tenta adiar sua tristeza imaginando cenários do tipo “e se”. Você também pode sentir um sentimento de culpa ou responsabilidade, levando-o a barganhar maneiras de evitar mais dor emocional ou perdas futuras.
Depois de negociar sem sucesso, você pode experimentar uma sensação de depressão e derrota. Durante esta fase, suas emoções se voltam para o verdadeiro peso de sua dor. Seu humor pode ficar sério à medida que você sente a realidade de sua perda pairando sobre você.
Se estiver com dificuldade e com muito sofrimento, não hesite em buscar apoio psicológico. Uma psicoterapia pode te ajudar a aceitar a situação atual e a lutar para alterá-la.