Normalmente, quando pensamos que fizemos algo de errado, nós podemos vivenciar a mesma quantidade de culpa de ter realmente cometido o ato ou até mais. Uma fonte muito comum de culpa é o pensamento “mágico” de que conseguimos controlar o que acontece com a gente e com os outros, com nossos pensamentos negativos. Se em uma briga com um parente, por exemplo, pensamos rapidamente que “seria ótimo se ele sumisse da minha vida”, podemos desenvolver um sentimento de culpa enorme se algo realmente acontecer com esse parente.
Podemos acreditar que nosso sentimento de vingança ou mágoa pode afetar a vida dos outros e que somos responsáveis por isso. De certa maneira, você sabe que está sendo irracional ao pensar essas coisas, mas essa crença e o sentimento de culpa, que ela carrega quando algo ruim acontece, são difíceis de nos livrarmos.
Nós sabemos também que nossa memória de eventos passados é completamente passível de falhas e que é possível que você não tenha feito nada de errado, mas com sua emoção negativa muito forte, acaba lembrando os fatos de uma maneira distorcida.
Se você teve pensamentos ruins sobre o ente querido ou amigo que faleceu, se você falou coisas que não deveria e não teve tempo de se desculpar, identifique isso. Pegue esses pensamentos que te trazem o sentimento de culpa e os questione. Se eles forem irracionais, “mágicos”, se questione sobre o benefício de manter o foco nesses tipos de pensamentos e busque evidências concretas que contraponham eles. Foque nessas evidências. Se eles forem verdadeiros como “eu poderia ter me desculpado…”, veja nosso texto sobre os rituais de despedida e siga as dicas para virar a página e se livrar da culpa.
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