Curiosidades que vão além – ViviBot: o robô que salva vidas

Uma das fases do processo do luto é a depressão. Segundo o psicólogo Diego Falco, durante este momento, a pessoa enlutada se encontra descrente em relação a sua vida, desenvolve baixa autoestima, além de sentir uma tristeza profunda e apatia que leva ao isolamento social.

Nesta fase, o apoio de amigos e familiares é fundamental para superar este momento difícil, porém, a jovem Alex Jeff de 28 anos encontrou um “amigo” inusitado: o chatbot voltado para saúde mental conhecido como ViviBot.

Alex foi diagnosticada com câncer de tireoide em 2016 e ficou curada. Entretanto, perdeu seu melhor amigo e ex-namorado para a doença em 2019. Após esta perda, ela não conseguia trabalhar nem realizar suas tarefas domésticas devido a uma forte depressão. Desesperada, Alex procurou por ajuda na internet e “conheceu” o software de inteligência artificial.

Vivibot traçou pequenas metas para Jeff, como começar a levantar da cama e pintar as suas unhas. O chatbot, segundo Alex tinha uma “personalidade divertida e amigável”, que a incentivou a retomar a sua vida aos poucos. Ela afirma que o robô de inteligência artificial foi fundamental para que ela saísse de um lugar sombrio e voltasse a funcionar novamente.

O Vivibot é um chat desenvolvido em 2016 pelo laboratório de inovação social Hopelab em São Francisco, na Califórnia. O robô é voltado para pessoas que receberam um diagnóstico de câncer e os ajuda a passar pelo difícil tratamento e amenizar a dor e sofrimento que muitos pacientes passam. O Vivibot utiliza táticas de psicologia positiva que reduzem o estresse e ansiedade e ajudam a superar a depressão.

Aqui, no Brasil, os alunos do curso de mestrado da Universidade Federal de Pernambuco desenvolveram o chatbot Beck. Baseado nos princípios da TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) é voltado para adolescentes que sofrem de depressão. Resultados obtidos através de testes do aplicativo mostraram que 85,94% dos pacientes gostaram do desempenho de Beck e 92% dos adolescentes afirmaram que a tecnologia os ajudaram no tratamento.

Qualquer ajuda é valida para superar os difíceis momento do luto, mas é importante ressaltar, que os chatbots não substituem as consultas que devem ser feitas com profissionais. Por isso, eles são utilizados como auxilio ou apoio ao tratamento.

O Chatbot Vivibot está disponível em inglês no site grythealth.com/resources/vivibot/

Mais informações sobre o chatbot Beck, desenvolvido pelos alunos da Universidade Federal de Pernambuco podem ser encontradas no site: repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26790