No primeiro artigo escrito sobre os Vikings, abordamos os ritos fúnebres de forma geral. Vale lembrar que eram escandinavos, do norte da Europa (entre os Sec. VIII e XI). Viviam atrás de grandes conquistas de terras e batalhavam, de forma sangrenta, para conseguir seus objetivos. Tudo isso, porque viviam em terras pouco férteis, e precisavam conquistar suas riquezas e buscar novas aquisições para sobreviverem.
Para tanto, não mediam esforços e nem almas! Muitas vezes guerreavam entre si, irmão contra irmão, pai contra filho, e assim sucessivamente. Não tinham temor algum porquê, na cultura deles, a vida continuava em Valhalla (Norueguês antigo Valhöll). Mas, em que lugar ficava?
De acordo com a mitologia Nórdiga, Valhalla estava localizada em Asgard, onde na entrada há 540 portas tão largas que, através de cada uma passam 800 guerreiros podem caminhar lado a lado. E ainda, o telhado é coberto com escudos dourados, e as paredes em torno dela eram feitas de veios de lança de madeira. E era para lá que grande parte dos Vikings iam após a morte, segundo contam os historiadores.
E os funerais não poderiam deixar de ser tão singulares e ricos quanto a cultura desse povo emblemático! Seus melhores guerreiros, assim como seus Reis, eram venerados por todos. E, quando morriam, o funeral era envolto de muita festa com bebidas, danças e devoção, quando eram contadas as histórias de seus feitos e conquistas.
De acordo com a história, após o sétimo dia de festa, o falecido era posto num barco com suas joias, vestes, armas, esposas e escravos, todos vivos. Esta “Nau Túmulo” era posta ao mar pegando fogo com todas as oferendas, inclusive as vivas, junto com o falecido. Na cultura deles, isso era normal, porque não queriam que o seu “venerado” chegasse sozinho a Valhalla, terra dos escolhidos por Odin, dentre outros Deuses e Deusas.
Na crença dos Vikings, em Valhalla, os guerreiros eram recepcionados por combatentes de batalhas mitológicas, antepassados, reis e heróis. Lá trocavam suas experiências e fatos heroicos. Outra curiosidade é que em Valhalla os guerreiros mortos teriam suas características físicas retomadas, mesmo que tivessem sido amputadas em batalhas.
Tudo isso pode ser visto em montagens de filmes de muito sucesso, além da série ‘Vikings”, que arrebatou fãs nu mundo todo. Mas isso é uma outra história.
Imagem: Freepick