Marie Skłodowska Curie desenvolveu a teoria da radioatividade, foi a primeira mulher que recebeu um Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ser condecorada com essa premiação por duas vezes em categorias distintas (física e química).
Marie nasceu em Varsóvia, na Polônia em 1867 e foi naturalizada francesa. Ela também foi a primeira professora da Universidade de Paris e deixou um grande legado para a humanidade.
Durante as suas pesquisas, com seu marido Pierre Curie, Marie descobriu os elementos elementos químicos polônio e rádio e constatou que eles produziam mais radioatividade que o Uranio, estudado anteriormente pelo físico francês Antoine Becquerel.
Durante as suas pesquisas, Marie desenvolveu um laboratório em sua casa, porém, sem conhecer as características letais do elemento rádio, o manipulou diversas vezes sem proteção, além de carregá-los em frascos nos seus bolsos. Entretanto, Marie gostava dos efeitos luminosos que a sua descoberta provocava, fazia frequentes anotações em seus cadernos e os guardava em uma gaveta. Essa prática custou a sua vida, pois a cientista faleceu os 66 anos de leucemia causada pela frequente exposição aos elementos radioativos que ela manipulava.
O corpo de Marie Curie
O corpo da química polonesa está sepultado em um mausoléu revestido de 3 cm de chumbo no Panteão de Paris, na França. O objetivo é proteger as pessoas dos elementos radioativos que ainda saem do corpo de Marie.
Além disso, as anotações, roupas e objetos de Curie estão cuidadosamente guardados em caixas de chumbo nos porões da Biblioteca Nacional de Paris, mesmo depois de terem se passado 100 anos. Cientistas acreditam que além do corpo, todos os objetos estarão contaminados por 1500 anos, visto que esse é o tempo que o Rádio 226, elemento que Marie tanto manipulava e descobriu, é capaz de se manter ativo. Os pesquisadores que quiserem acessar os objetos, deverão assinar um termo de responsabilidade e utilizar roupas de proteção.
A casa de Marie Curie
A entrada na casa de Marie está proibida. Chamada por muitos como o “Chernobyl do Senna” devido a proximidade do rio francês, a residência, localizada no Sul de Paris está cercada por um muro alto e arame farpado, além de ser vigiada por câmaras que impedem a entrada de intrusos. Na verdade, neste local, onde ocorreram tantas descobertas importantes para a medicina e para o mundo inteiro, estarão presentes partículas radioativas altamente letais para o ser humano por muitos séculos.
O legado da cientista
A teoria da radioatividade, desenvolvida por Marie, foi essencial para o desenvolvimento de tomografias e raio x. Ela fundou o Instituto Curie, em Paris e hoje é um grande centro de pesquisa oncológica. Durante a Primeira Guerra Mundial, ela também criou unidades móveis de radiografia para oferecer serviços de raio-X nos hospitais de campanha. Essa iniciativa salvou vidas e evitou diversas amputações de soldados.