No dia da saudade a nossa coluna vai abordar um tema bem descontraído, Lápides Inusitadas. É fato que muita gente vai até os cemitérios, também nesse dia especial, para aliviar um pouco o sentimento da falta do ser amado. Lá colocamos flores, alguns fazem orações, mas onde o nosso tema se encaixa?
Tudo começa com o pensamento de como homenagear àquele que amamos? É simples, ou realizamos o que a pessoa solicitou e registrou o desejo em vida ou buscamos algo que o represente como, por exemplo, compôr uma lápide diferente. Daí o “céu é o limite”.
O interessante é que a maioria das pessoas, que fizeram esta homenagem, reproduzem aquilo que melhor retrata o ente querido que se foi, outros fazem referências aos objetos preferidos das pessoas e ainda há a lápides que, por mais simples que seja feita a referência, torna-se profundo o contexto como a de Michael Ayrton, que escreveu sobre os mitos do minotauro e do labirinto, veja na foto.
A imaginação para tanto não tem limites como a da lápide da Poltrona e o Livro preferido representado através de escultura. Ah, esta é uma das mais conhecidas do mundo.
Outra bem curiosa é a de uma criança que era fã do jogo Pokemon. Na lápide ele ganhou asas de anjo e um Gameboy para brincar por toda a eternidade.
A imaginação também pode trazer coisas bem bizarras como a imagem de uma criança que morreu afogada representada através de uma escultura em que mãos traiçoeiras, saídas da água, fazem a menção de que vão pegar o pequeno que está brincado. Nossa! Assustador…
Mas, há muitas outras mais leves e de representação singela, como a construída pelos familiares para atenuar a dor da perda de forma mais participativa. Esta homenagem foi produzida de modo que o menino pudesse brincar com seu irmãozinho, que se foi, sempre que quisesse.
Há também outras artes fúnebres que retratam o sentimento de preocupação dos pais com os filhos mortos, como se ainda eles estivessem vivos. Daí temos túmulos e lápides interligados aos desejos de proteção. Por exemplo, no século XIX uma mãe, que perdeu a filha, encomendou um túmulo com uma entrada especial para abrigá-la junto a jovem em dias de tempestades. Tudo porque a falecida tinha medo de temporais. Há também muito mais sobre esse assunto. Mas isso é uma outra história.