
Expressões prontas ou frases cotidianas que caíram no gosto popular e que se encaixam perfeitamente em nossas conversas. Sim, esses são os “ditos populares”, tipo: “o pior cego é aquele que não quer ver”, “há males que vem para o bem”, “a esperança é a última que morre” e muitas outras que usamos. Mas, de onde vieram? Vamos citar 4 dessas histórias.
Quem nunca falou ou ouviu essa: “o pior cego é aquele que não quer ver”? É normalmente dito em referência as pessoas que se recusam a ver o que está bem a sua frente. Porém, a interpretação junto à história é muito diferente. Conta-se que tem origem juntamente com o primeiro transplante de córneas realizado com sucesso. Segundo relatos de pesquisas nesta área, o médico Vincent de Paul D’Argent teria realizado, no ano de 1647 um transplante de córneas num aldeão e esse, ao enxergar o mundo a sua volta e não tendo gostado do que viu, pediu ao médico que lhe tirasse os olhos. É mole? A situação foi tão intensa que o caso foi parar no tribunal, com ganho de causa, entrando para a história como o cego que não quis ver. Daí a expressão.
“Há males que vem para o bem”. Esse é clássico! Você se dá mal e alguém chega e fala isso. Ou mesmo, se livrou de algo que o deixava triste, e lá vem a frase feita. Então, essa expressão não tem uma data correta em que apareceu. Há vertentes que apontam para séculos atrás quando preparavam o bolo e ele solava. Mas, por quê? Porque gostavam do bolo assim, meio “pudim”! Outras pesquisas dão conta que essa frase era dita sempre para algo que fosse infelizmente inevitável, e assim traria consolo. Essa é a versão mais próxima e bem dentro do que interpretamos.
“Vá para o quinto dos infernos”! Essa expressão se encaixa quando você quer mandar alguém pra “àquele” lugar bem longínquo e obscuro. Mas, essa frase data do Brasil colonial e a sua origem é diferente do que muitos pensam. Ela não faz alusão à cobrança do Quinto, imposto arrecadado sobre o ouro explorado durante o país naquela época. Porém, a origem do ditado popular que manda o outro para um lugar longe e cheio de enxofre é, na verdade, quase literal. E faz referência à quinta dos infernos, uma das “camadas” mais profundas do inferno bíblico. Eita! Isso é o que chamamos de “ao pé da letra”.
Por último, vamos ao mais usual dos ditos mais populares: “a esperança é a última que morre”. Quem nunca falou isso na vida? É muito famosa e quer dizer: tenha fé até o final. Mesmo que a causa já esteja praticamente perdida e tenha 99% de chance de dar errado, mas se tiver 1% de chance de dar certo, aí tudo pode melhorar. É bem assim! A origem data da antiga Grécia, de acordo com estudiosos. Neste tempo havia um temor irracional sobre a morte e de outros males provocados pela ira dos Deuses mitológicos. Porém, com o passar do tempo começaram a lutar contra esses sentimentos. E quando tudo caminhava para o pior, sempre poderia acontecer algo que os ajudasse, com a interferência dos Deuses ou não. Daí a expressão!
As histórias são muitas e possuem interpretações que aparecem em trechos bíblicos, livros de contos e até mesmo em filmes com roteiros fantásticos, mas isso é uma outra história.
Imagem: Freepick
