Morte encefálica é uma condição que possibilita a doação de órgãos e salva muitas vidas. Porém, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a retirada de órgãos de uma pessoa falecida não é tão simples assim. Existe um protocolo que os médicos precisam realizar antes de dar este diagnóstico.
A falência do cérebro existe quando este órgão deixa de funcionar de maneira irreversível e há a ausência de todas as funções neurológicas. Trata-se de um cenário desafiador e os médicos precisam realizar uma série de exames rigorosos para que sejam evitados erros. É preciso verificar se o paciente é capaz de respirar sozinho, possui reflexos cerebrais ou dilatação das pupilas (se não reagem a estímulos luminosos).
No Brasil, essa bateria de exames deve ser repetida por outro médico durante um intervalo mínimo de seis horas. Caso os resultados se repitam, termina-se a fase clínica e passa-se aos exames complementares.
Durante esse processo, o paciente é mantido em um ventilador, que passa a “respirar” por ele e são injetados medicamentos para manter a pressão sanguínea. Após a morte encefálica não há mais recursos para salvar a vida da pessoa. A retirada do ventilador que o mantêm respirando não irá resultar na morte do paciente, pois ele já foi decretado como morto. Tudo o que os médicos tiveram que fazer por ele já foi realizado e não há chance de reanimação.
Não é fácil despedir-se de um ente querido. Quando a pessoa tem morte cerebral, esta tarefa é mais difícil ainda, pois há a sensação de que a pessoa esteja apenas dormindo e ainda não partiu. Conte com a Maracanã Assistência sempre que precisar, pois daremos todo o apoio necessário.