O Natal, comemorado em 25 de dezembro, é um feriado religioso sagrado, sendo um fenômeno cultural, que contribui para as vendas nos comércios em todo o mundo. Por dois milênios, pessoas de todo o planeta celebram com tradições e práticas de natureza religiosa. Os cristãos comemoram no dia de Natal o aniversário do nascimento de Jesus de Nazaré. Sabemos que de costume são feitas as trocas de presentes, decoração de árvores de Natal e enfeites dos mais variados gostos, como pisca-pisca, estrelas, entre outros, além do compartilhamento de refeições com familiares e amigos e, é claro, a espera do Papai Noel.
Mas a grande questão é, como começou o Natal?
Séculos antes da chegada de Jesus, os primeiros europeus celebravam luz e nascimento nos dias mais escuros do inverno. Diversos povos se alegravam com a chegada do Natal, que iniciava durante o solstício de inverno. Quando o pior do inverno tinha passado, eles podiam esperar dias mais longos e mais horas de luz solar, então o meio do inverno era a referência para o momento de comemoração de Natal.
No século IV, as igrejas decidiram instituir o nascimento de Jesus como um feriado. Entretanto, a Bíblia não menciona a data de seu nascimento. Embora algumas evidências sugiram que seu nascimento pode ter ocorrido na primavera, o Papa Júlio escolheu 25 de dezembro, pois acredita-se que a igreja escolheu essa data em um esforço para adotar e absorver as tradições do festival pagão de Saturnália. Primeiro chamado Festa da Natividade. E este costume se espalhou para o Egito em 432 e para a Inglaterra no final do século VI.
No final do século VIII, a celebração do Natal se espalhou por toda a Escandinávia. Hoje, nas igrejas ortodoxas gregas e russas, o Natal é comemorado 13 a 14 dias após o dia 25. Isso ocorre porque as igrejas ocidentais usam o calendário gregoriano, enquanto as igrejas orientais usam o calendário juliano, que é de 13 a 14 dias atrás do calendário gregoriano. As igrejas ocidentais e orientais celebram a Epifania ou o Dia dos Três Reis, 12 dias após seus respectivos Natais.
Ao realizar o Natal ao mesmo tempo que os tradicionais festivais de solstício de inverno, os líderes da igreja aumentaram as chances do Natal ser popularmente abraçado, mas desistiram da capacidade de ditar como era comemorado. Na Idade Média, o cristianismo havia substituído a maior parte da religião pagã. No Natal, os fiéis frequentavam a igreja e celebravam ruidosamente em uma atmosfera construída com muita bebida, semelhante a um carnaval e ao Mardi Gras de hoje. A cada ano, um mendigo ou estudante seria coroado o “senhor do erro” e celebrantes ansiosos desempenhavam o papel de seus súditos. Os pobres iam às casas dos ricos e exigiam sua melhor comida e bebida. Se os proprietários não cumprissem, seus visitantes provavelmente os aterrorizariam com malícia. O Natal se tornou a época do ano em que as classes altas podiam pagar sua “dívida” real ou imaginada com a sociedade, entretendo cidadãos menos afortunados.
E para finalizar, vamos à ceia!
De origem europeia, as pessoas tinham o costume de deixar a porta das suas casas abertas para receber viajantes, pois ela simboliza o momento de união e confraternização. Por isso na véspera de Natal, amigos e familiares se reúnem à para confraternizar e cear em noite natalina.