Suicídio, como lidar com essa perda tão violenta?
23 de May de 2024As Emoções no Processo do Luto: Compreensão e Superação Saudável
11 de July de 2024Talvez uma das tarefas mais difíceis do homem, atualmente, é lidar com a morte, enfrentá-la, sobretudo nas culturas em que ela tende a permanecer no “não falado”. A forma como entendemos a morte influencia diretamente sobre a nossa forma de enfrentá-la.
Então, a morte pertence à vida assim como o nascimento. O luto é um processo natural e necessário, é incorporar essa perda em nossa vida, e todos nós um dia inevitavelmente passaremos por ele. Cada indivíduo tem o seu próprio percurso no processo do luto e isto depende dos recursos internos que a pessoa dispõe naquele momento e dos vínculos estabelecidos com a pessoa que faleceu. Variáveis como a causa da morte, perdas anteriores, ou doenças como a depressão, podem influenciar sendo necessário o acompanhamento profissional.
A perda de um ente querido traz uma série de sentimentos e mudanças que invadem e interferem no funcionamento normal do indivíduo. Devemos ter cautela com ideia de que o luto é uma doença, vivenciar o sofrimento faz com que a pessoa possa manifestar um conjunto de reações frente à perda, tais como: sintomas de raiva, desespero é um leque de emoções. O que por um tempo é saudável e após esse momento possibilita ao enlutado a chance de uma nova história. Para alguns o luto pode ser tão agressivo que podem demorar muitos anos ou não terminar. Perdas repentinas, violentas ou de jovens refletem um grau ainda mais de dificuldade para a elaborá-lo. Em casos assim o sofrimento pode desencadear outras doenças de ordem psicológica e emocional, para estes o acompanhamento psicológico se faz importante.
A psicoterapia auxilia no processo, proporcionando um espaço de escuta e acolhimento necessário, permitindo que o enlutado fale e dívida a sobrecarga psíquica, auxiliando na significação da morte e legitimação da dor. Além disso, buscar atividades que tragam um novo sentido para a vida tem impacto positivo como grupos de apoio, esportes, cursos, envolvimento social… quando o enlutado se torna protagonista do processo do luto dá o seu tom nessa experiência, ou seja, “ressignificam” o futuro.